Basketball GPS - New York. Na última quarta-feira, saí de Connecticut e fui de trem até a Grand Central Station - terminal ferroviá...




Basketball GPS - New York.

Na última quarta-feira, saí de Connecticut e fui de trem até a Grand Central Station - terminal ferroviário de Nova York - dali fiz uma caminhada de aproximadamente 15 minutos até o Madison Square Garden, o termômetro marcava -3º C e todos já comentavam sobre a tempestade de neve que chegaria no final de semana. É uma caminhada que estou habituado a fazer desde o tempo em que Patrick Ewing (New York Knicks) defendia sua casa contra Michael Jordan e os Bulls. Porém desta vez era diferente, encontraria o Raulzinho, jogador brasileiro do Utah Jazz que estava na cidade para dois jogos: contra os Knicks e os Nets. O que diferência essa das outras vezes, é que já fazia alguns anos que não encontarva o Raul, a última vez foi aqui mesmo no Madison Square Garden em 2009, quando ainda com 16 anos veio participar do “Jordan Classic”, um evento organizado pela marca Jordan e considerado uma vitrine para os futuros craques da NBA.

Primeiro fui ao treino na parte da manhã. Chegando ao ginásio fui direto para a quadra e com um sorriso sem entender muito, Raulzinho foi logo indagando: não sabia que você vinha?! Ao seu lado, o Australiano e companheiro de time Joe Ingles  ja mandou “ deve ser brasileiro! ”. Curiosamente perguntei: como você sabe? “ Só pelo jeito que você andar ” e gargalhou!

Apesar desse ser seu primeiro ano na NBA e apenas alguns meses no time, Raulzinho está totalmente entrosado com seus companheiro. Fez até uma aposta com o francês Rudy Gobert para ver quem corta a barba primeiro, por Golbert ele deixa a barba crescer igual ao James Harden do Houston Rockets.

O mais interessante que percebi nos dias que acompanhei o time em Nova York, é a forma protetora que tratam o brasileiro. Apesar do trote no calouro (claro que não poderia escapar) de fazê-lo carregar para todos os lados uma mochila rosa, com ursinho (também rosa!) pendurado e ser o responsável de entregar os uniformes dos companheiros em cada quarto do hotel nos dias de jogos, Raul recebe elogios de todos. Seu foco nos treinamentos e a vontade de aprender é visível. Muitas vezes o vi treinando com o Sérvio Igor Kokoskov assistente técnico do time, fazendo vários exercícios para aperfeiçoar sua técnica. Incluindo um treinamento que é usado por Dirk Nowitski para desenvolver o equilíbrio na hora do arremesso.

 “Enquanto não faço tudo corretamente ele não passa para outro exercício” - Afirma Raul.

O brasileiro assinou um contrato de dois anos e estava projetado para ser o segundo ou terceiro reserva do time. Esse primeiro ano seria apenas para seu desenvolvimento e aclimatação para a longa temporada da NBA.  A posição de titular estava separada para o Australiano Dante Exum, 5ª escolha no draft de 2014. Porém durante uma partida pela seleção australiana em agosto do ano passado, Exum rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo e ficará fora desta temporada.

 Surge assim uma oportunidade única de jogar e aprender na quadra, o que `as vezes inibe e põe pressão emocional principalmente nos caloros. Raulzinho encarou esse desafio com a mesma seriedade que vi naquele garoto de 16 anos no Jordan Classic e defendendo a seleção brasileira. Com maturidade e liderança de um veterano, cantando as jogadas e orientando seus companheiro em quadra, esse mineiro de 23 anos vem conquistando seu espaço no Utah Jazz, agarrando essa oportunidade como se fosse a sua última chance.

Numa conversa com o treinador  Quin Snyder ele me confessou que a evolução de Raul vem sendo surpreendente, seu arremesso e sua postura defensiva melhorou muito e acrescentou:

“Raul vem sendo fantástico, não poderíamos estar mais satisfeitos … nós colocamos o Raul na fogueira, não foi nossa intenção e não acho que era o que ele esperava. Quando estávamos na pre-temporada, não esperava que enfrentaria Westbrook, Chris Paul, Damian Lillard, Steph Curry em noites consecutivas. Isso é o que pedimos `a ele! Minha maior preocupação é sua resistência para jogar toda a temporada. Este é o “Rookie wall” que todos se referem, para mim e para o time o importante é que Raul continue crescendo como jogador. “ - Quin Snyder. (ouça parte da entrevista na coluna ao lado).

O primeiro ano de Raulzinho na NBA passou de uma experiência, aprendizado e "para ver se dava certo", para se tornar uma peça importante na rotação do jovem time do Utah Jazz.  Das 42 partidas dessa temporada, foi titular em 41, jogando 19.3 minutos, com uma média 5.8 pontos e 2.4 assistência por jogo. Mas a importância de Raul é muito maior que os números mostram, ele se adaptou bem ao esquema tático e dá segurança ao time quando esta com a bola na mão. Para complementar esse brilhante início de temporada, Raul poderá esta entre os calouros que participarão do All Star Game em Toronto em Fevereiro.

O Utah saiu de Nova York com uma derrota na prorrogação para o New York Knicks e uma vitória sobre o Brooklyn Nets e a tempo de escapar da tempestade de neve que cobriu a cidade no final de semana.

Atualizando o Blog - Hoje dia 27 de janeiro/2016, Raulzinho foi convocado para o All Star game como havíamos informado.

Depois de um ano  marcado por uma ruptura no tendão de Aquiles que poderia ter encerrado sua carreira.  Anderson Varejão hoje tenta reen...





Depois de um ano  marcado por uma ruptura no tendão de Aquiles que poderia ter encerrado sua carreira.  Anderson Varejão hoje tenta reencontrar seu espaço no time. Com a chegada do pivot Timofey Mosgov no ano passado e Tristan Thompson que conquistou a confiança do trenador David Blatt durante os playoff da ultima temporada, os minutos do brasileiro na quadra para esta sendo limitado.  

A historia do Anderson com os Cavs vai muito alem dessa temporada, incluindo sua dedicação e lealdade ao time. Vale a pena lembrar que ele foi, depois da saída do LeBron para o Miami, o único jogador daquele time que ficou e encarou os momentos mais difíceis. Apesar de LeBron ser o grande ídolo, Anderson sempre foi considerado o coração e alma do time. Claro que isso não garante seu lugar no time, mas certamente este momento não deve esta sendo fácil para o brasileiro que entrou na quadra em 24 das 37 partidas nesta temporada.

Rumores de troca ja começam a circular entre os torcedores, que de certa forma usam esse argumento para justificar a decisão do treinador. Mas é difícil concordar com essa teoria principalmente que a versatilidade do Anderson cabe perfeitamente na forma de jogar dos Cavs e não acredito que os dirigentes do Cleveland queiram perder um jogador que conhece bem o sistema do time e que nos playoffs pode ser uma peça importante.
  
Em entrevias ao a CavsNation.com o Anderson declarou:

“É uma temporada diferente para mim. Eu disse no início da temporada que meu objetivo era me manter saudável e ajudar esta equipe. Eu não estou jogando muito, mas sei que a temporada é uma longa temporada . Nós ainda temos os playoffs chegando e tudo pode acontecer. Eu só tenho que ficar pronto e ajudar o time quando o técnico precisa de mim . "

Sobre o seu ponto de vista sobre os rumores de troca:

"Porque Cleveland tem sido leal a mim e eu fui leal à equipe. Eu tive a chance de deixar , quando a equipe estava passando por um processo de reconstrução, quando estávamos perdendo quase todos os outros jogos , e foi difícil . Eu disse, ‘ Eu não pretendo deixar Cleveland. Eu quero ganhar um campeonato em Cleveland ‘, e eu sei que agora temos uma chance.”
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